Em 2020, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) – organização global que estuda a dor – atualizou sua definição pela primeira vez em quatro décadas. A nova definição foi revisada por um grupo multidisciplinar, com contribuições de todas as partes interessadas em potencial, incluindo pessoas com dor e seus cuidadores.
A definição original de dor é: “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”. Essa definição foi criticada por ser fortemente focada na lesão tecidual e na capacidade dos indivíduos de descrever suas experiências de dor.
Atualmente a dor é definida da seguinte forma: “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou semelhante a associada a um dano tecidual real ou potencial”.
Alguns fatores a considerar sobre a dor são:
Em resumo, a maior parte da dor que tratamos não é “dor tecidual”. Ou seja, não podemos culpar um determinado tecido ou estrutura anatômica, por mais que queiramos.
A relação entre a dor e o estado dos tecidos se torna mais fraca à medida que a dor persiste. As pesquisas em neurociência nos dizem que os neurônios responsáveis pela transmissão de estímulos nociceptivos (dolorosos) ao cérebro, podem se tornar sensibilizados à medida que a nocicepção persiste e que as redes de neurônios dentro do cérebro que evocam a dor tornam-se sensibilizadas à medida que a dor persiste.
Atualmente há evidências contundentes de que os pacientes que vivem com dor crônica têm regulação anormal dos sinais de dor no sistema nervoso central. Simplesmente, o sistema nervoso ficou sensibilizado, mas abordaremos esse assunto em outros textos aqui no blog.
Referências:
Raja SN, Carr DB, Cohen M, et al. A definição revisada de dor da Associação Internacional para o Estudo da Dor: conceitos, desafios e compromissos. Dor Na imprensa. https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000001939
Moseley GL. Ensinando as pessoas sobre a dor: por que continuamos fazendo rodeios? Gerenciamento de dor 2012 Jan;2(1):1-3. doi: 10.2217/pmt.11.73. PMID: 24654610
Texto por: Matheus Rodrigues | Crefito 4/332861-F
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, autoimune e de causa desconhecida. Suas principais características são a inflamação articular, acompanhada de dores nas articulações e frequentemente está associada à destruição das articulações, degradando ossos e cartilagens. Nessa doença ocorre o aumento da quantidade de fatores pró-inflamatórios. O exercício pode ser um excelente aliado no tratamento trazendo inúmeros benefícios como: • Melhora da saúde … Continue reading Benefícios do exercício na artrite reumatóide
Leia maisPara um treinamento completo do ombro precisamos trabalhar exercícios que estabilizam todo o complexo, bem como exercícios que movimentam o mesmo. Existe uma relação direta entre carga x resposta para se obter ganhos ótimos de força e hipertrofia, ou seja, cargas mais altas levam a ganhos maiores de força. E para levantar cargas maiores com … Continue reading Ombro: estabilidade e proteção x força e hipertrofia
Leia mais