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6 de abril de 2023

Lesão do manguito rotador: entenda as principais causas

Manguito rotador é o nome dado a um grupo de músculos e tendões que se inserem na região proximal do úmero (osso do braço). A lesão do manguito rotador (LMR) é um distúrbio comum do ombro, que pode existir de etiologia desconhecida ou estar associada a mecanismos como trauma ou degeneração progressiva do tendão.

Alguns fatores que podem causar a LMR são:

✅️Fatores mecânicos, como as alterações nas estruturas musculoesqueléticas e disfunções biomecânicas do complexo do ombro, principalmente a cintura escapular.

✅️Fatores ambientais, tais como envelhecimento, uso excessivo do ombro, tabagismo, obesidade e distúrbios metabólicos, como a diabetes.

✅️Biológicos ou intrínsecos, que incluem áreas de hipoperfusão dos tendões, processos inflamatórios e alterações celulares dos tendões, como a desorganização da arquitetura do colágeno.

✅️Fatores traumáticos, como fraturas e luxações do ombro, que podem criar lesões ou piorar as pré-existentes.

✅️Fatores genéticos também podem levar a uma maior ou menor probabilidade de um indivíduo apresentar lesões do manguito rotador.

Um sintoma bastante frequente em pacientes com LMR é a dor no ombro. Normalmente, ela aparece de modo insidioso e piora progressivamente com o passar do tempo. A perda de força para executar movimentos pode estar presente em parte dos pacientes, ela pode ser leve ou intensa, chegando à impossibilidade de erguer o braço.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exame clínico do paciente e exames de imagem (principalmente a ultrassonografia e a ressonância magnética do ombro).

 

Por que fazer uma reabilitação pré-operatória em casos de LMR?

 O objetivo da reabilitação pré-operatória na lesão do manguito rotador (LMR) é melhorar a capacidade funcional do paciente, o que irá permitir um preparo para o período de inatividade associado ao procedimento cirúrgico.

Para fundamentar a importância da reabilitação pré-operatória, realizamos um estudo no qual foram divididos dois grupos: experimental e controle. Todos os indivíduos foram avaliados por médicos e o tratamento cirúrgico foi confirmado. É importante ressaltar que os médicos não sabiam quem havia sofrido a intervenção pré-cirúrgica. ⠀

Ambos os grupos foram instruídos pelo Fisioterapeuta a realizarem exercícios em casa (por meio de cartilha) composto de alongamento da coluna cervical e técnicas de analgesia (crioterapia) para o caso de dor. Porém, somente o grupo experimental recebeu orientação do Fisioterapeuta para a realização de exercícios de fortalecimento e estabilização da região da cintura escapular e da região central do tronco (CORE). Além de técnica de analgesia (crioterapia) em caso de dor.

Os indivíduos que receberam intervenção pré-cirúrgica, visando o fortalecimento e a estabilização, tiveram benefícios maiores no que diz respeito à amplitude de movimento, diminuição de dor, melhora da função e qualidade de vida em comparação com o grupo controle.

Em resumo, os pacientes que fazem fisioterapia com foco na reabilitação escapular antes de operar, progridem com melhora na dor e função, quando comparados aos que não fazem.

 

Luane Landim | Crefito 4/202313-F

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